Hoje o vice-almirante Gouveia e Melo despede o camuflado e despede-se das funções de coordenador da task force para a vacinação, dando assim por terminada a sua missão.
Nada mais justo do que dedicar então um pequeno trecho ao nosso vice-almirante Gouveia e Melo:
Um dos grandes casos dos últimos dias prende-se com o caso de vacinação indevida no Porto. Tudo começou quando Maria Cerqueira Gomes partilhou nas redes sociais que ela e a filha Kika de 18 anos tinham sido imunizadas com doses de vacina contra a COVID-19 no Centro de Vacinação do Cerco, gerando polémica uma vez que esta faixa etária não está por enquanto prevista.
Aparentemente alguém desse centro de vacinação achou por bem fugir ao planeamento normal e durante os dias 23 e 24 de Junho entre as 17h00 e as 19h30 começou um processo de vacinação com "porta aberta", sem limite mínimo de idade. Maria Cerqueira Gomes e a filha esperaram pela sua vez e, assim como muita outra gente, foram lá vacinadas.
Portanto, vamos lá fazer um resumo desta polémica. Um centro de vacinação abre a vacinação a toda a gente contra tudo o que foi definido, mas os culpados são as pessoas que aproveitaram a oportunidade que lhes foi concedida e a qual pensavam que fosse normal nesse centro de vacinação. Tendo vontade e disponibilidade, só quem é muito estúpido é que não aproveitava a possibilidade.
Em vez das pessoas estarem a massacrar a Maria Cerqueira Gomes e a filha com insultos, deviam era agradecer-lhes, porque foi graças a elas que foi descoberto que o centro de vacinação estava a trabalhar de forma errada.
Esta situação da Maria Cerqueira Gomes e da filha acaba é por ser uma boa lição para as pessoas, em particular figuras públicas, aprenderem que não devem fazer publicações nas redes sociais quando se vão vacinar. Eu sei que ficam logo com vontade de experimentar se o 5G está a funcionar, mas deixem-se disso. Não é informação relevante para os outros e só vai despoletar gente com demasiado ódio e inveja dentro delas que esperam qualquer sinalzito para deitar tudo cá para fora.
Entretanto, a verdadeira responsável por esta vacinação contra a COVID-19 de jovens de 18 anos, a diretora do Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Oriental, foi suspensa. E teve muita sorte. Pela maneira que o vice-almirante Gouveia e Melo falou, aquilo esteve quase a ir a conselho de guerra, com possibilidade de condenação à morte por fuzilamento.
O vice-almirante tem estado em grande durante todo este processo de vacinação. Eu só gostava que depois disto da vacinação estar despachado, o vice-almirante Gouveia e Melo começasse a organizar também várias outras áreas da sociedade. Era começar a ver Justiça, Saúde, Transportes Públicos, Função Pública, etc a andarem rápidos e eficazes.
O coordenador da task force, vice-almirante Gouveia e Melo, responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19, anunciou que estão a ser criados novos postos de vacinação que irão permitir vacinar 100 mil pessoas por dia.
Segundo informações exclusivas que aqui o Urso Tobias conseguiu apurar, estes centros de vacinação serão colocados à entrada das Primark deste país garantindo assim a rápida imunização de quase toda a população.
Um alto representante do Agência Europeia do Medicamento confirmou a existência de uma ligação entre a vacina da AstraZeneca e casos de tromboembolismo. Foi um verdadeiro colocar a boca na trombose.
Se os teóricos da conspiração fossem levados pela lógica, isto deveria ser bastante confuso para eles. Como é que as mesmas entidades que, segundo eles, criaram esta "falsa pandemia" e nos querem impingir vacinas para nos controlarem, ao mesmo tempo investiga e toma medidas quando aparecem dados que possam levantar dúvidas nessas mesmas vacinas?
Os próprios governantes dos países não devem ter recebido o último memorando do grupo Bilderberg, do Bill Gates ou lá o que é. Só isso poderia explicar também as diferentes medidas que vão sendo adoptadas por todo o Mundo para a vacina da AstraZeneca. Então não era uma conspiração global em que estavam todos combinados uns com os outros? Estranho. A sorte é que podem dizer tudo o que quiserem sem pensar minimamente, caso contrário dava-lhes um nó no cérebro.
Dito isto, agora temos a suspensão da vacinação com AstraZeneca para a faixa etária abaixo dos 60 anos, mas não levem muito a sério. Como foi a Graça Freitas a anunciar, é sinal que daqui a uns tempos isto vai tudo mudar novamente.
Hoje saiu a notícia que as pessoas que recuperaram da Covid-19 vão começar também a ser vacinadas na segunda fase do plano de vacinação.
Não sei se sou só eu, mas o facto de se ir vacinar pessoas que já apanharam Covid faz-me pensar que não aprendi nada sobre o funcionamento das vacinas quando andei na escola.
Antes que venham com coisas, isto não é sequer um texto contra as vacinas, antes pelo contrário. Agora, de uma forma simplificada, se com uma vacina introduzimos um agente que faz com que o sistema imunitário aprenda a defender-se dessa ameaça, então quem apanhou o vírus também já tem alguma dessa protecção.
É verdade que ainda não se sabe durante quanto tempo a imunidade natural funcionará nem quão bem face às novas estirpes que vão aparecendo, mas a realidade é que os estudos publicados até agora indicam que as pessoas que já apanharam terão algumas defesas. Mesmo as vacinas já existentes ainda não foram actualizadas para combater as novas estirpes, simplesmente sabe-se que têm alguma eficácia, em particular para casos mais graves da doença. Face a este motivo parece-me fazer pouco sentido, nesta fase, em que há tanta gente por vacinar, estar a colocar quem já recuperou da doença na lista do plano de vacinação já.
Mal comparado, isto é quase como quem tomou a vacina da AstraZeneca que tem 70% de eficácia daqui a uns meses ir tomar a da Pfizer, porque tem 95%.
A inclusão de professores e pessoal não docente na 1ª fase de vacinação, porque têm contacto com alunos, é mais uma prova que não sabemos o que "definir prioridades" significa. Não sabemos. É só fazer ali um bocadinho de força e passa-se logo para a frente. Acredito que ainda vamos ver outros sectores da função pública a tentar fazer o mesmo e, muito provavelmente, a conseguir.
Entretanto, diabéticos, doentes oncológicos ou até mesmo trabalhadores de supermercados aguentem e esperem para aí mais uns meses, porque vai haver sempre mais alguém que vai conseguir passar à frente.
No caso do pessoal dos supermercados, por exemplo, que tiveram de se manter a trabalhar desde o início da pandemia, deviam aproveitar para fazer greve. É que se não são assim tão fundamentais para receber a vacina, também não faz sentido manterem-se abertos.
Só nos resta aguentar. Aguentar e não chorar, como diria o grande arquitecto Tomás Taveira.
Bem me parecia que este processo da vacinação contra a COVID-19 estava a correr demasiado bem para ser verdade. Ainda bem que a PSP e a GNR decidiram desentender-se quanto ao transporte das vacinas em Évora para dar mais sentido à coisa. Estamos em Portugal, não era suposto estar a decorrer sem nenhuma parvoíce.
Então, a GNR fazia a escolta da carrinha que transportava as vacinas desde Coimbra, mas a PSP decidiu surpreender e bloquear a carrinha das entregas após a entrega da primeira remessa no hospital de Évora.
O processo deve ter sido mais ou menos o seguinte:
GNR: Porque é que estão a bloquear-nos a saída?
PSP: Agora levamos nós a vacina.
GNR: Eu é que levo a vacina! Já a trouxe até aqui, posso continuar a levá-la.
PSP: Não, eu é que levo a vacina! Já a trouxeste até aqui, agora levo-a eu.
GNR: Não, não. Disseram-me que era eu que a levava, por isso tira a carrinha aí da frente.
PSP: Nem penses. Já tiveste a oportunidade para aparecer na televisão a entregar a vacina, agora é a nossa vez.
GNR: Porra! Deixa de ser criança.
PSP: Quem diz é quem é.
MAI: Pronto meninos, levam os dois a vacina. Raio dos miúdos só me fazem passar vergonhas.
SEF: Então e eu?
Nós pensamos que temos na GNR e na PSP duas forças de segurança competentes e sérias que defendem os interesses do País, mas afinal parecem dois irmãos às turras. Neste caso, a PSP é aquele filho que faz birra no supermercado com toda a gente ver, porque os pais deram um presente ao outro irmão.
Esta altura do ano é propícia a filmes. Ainda a semana passada tive a oportunidade de ver o filme "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça". É um filme bom, mas este do "GNR v PSP: O Entregar da Vacina" é bem melhor.
Há cerca de um mês escrevi que a próxima teoria da conspiração que iria aparecer quando as vacinas contra a COVID-19 estivessem disponíveis seria que os políticos e profissionais de saúde que as tomassem na realidade não estariam a tomar a vacina, mas a fingir que a tomavam.
Entretanto hoje começou a campanha de vacinação em Portugal e, menos de três horas após o seu início, já li que a seringa era falsa e que a agulha recolhia. Estes conspiracionistas são tão previsíveis.
Acaba por ser curioso que o pessoal que dizia para não termos medo de um vírus são os mesmos que agora dizem para termos medo de uma vacina. Estão ali ansiosos para que apareça o primeiro vacinado a ter uma complicação qualquer. Ou então, se for passando o tempo e não for aparecendo, é porque estão a esconder a informação. Ganham sempre.
Meus caros amigos conspiracionistas, negacionistas e afins, não desesperem mais, posso dizer-vos com certezas absolutas que já há um caso de alguém que tomou a vacina e quando andou para trás começou a fazer "pi pi pi pi" como os veículos pesados e outro que começou a apanhar os canais da televisão por cabo pelo 5G, incluindo os canais codificados por um período de 15 dias. Sei de fonte segura, foi um amigo de uma vizinha da prima do irmão do meu pai que ouviu quando passava à porta do Hospital de São João. Podem agora espalhar por aí essa informação.
Eu compreendo esta insistência da DGS e do Ministério da Saúde na vacinação.
É difícil fazer passar a mensagem para convencer pessoas que estão à espera que apareça uma vacina para a COVID-19 de que devem fazer a vacinação para outras doenças cuja vacina já existe.