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Urso Tobias

Tobias, or not Tobias, that is the question. Divagações de um urso.

Urso Tobias

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VADERETRO COVID

Continuamos então ainda com a polémica da aplicação STAYAWAY COVID, não é?

Quando António Costa diz publicamente que a vizinha lhe deu um raspanete por ele não estar a usar a máscara dentro do prédio e que por isso também tornou obrigatória essa medida diz tudo. Esta vizinha tem mais força política que o Presidente da República. Manda umas bocas ao Primeiro-Ministro, ele amocha e os portugueses apanham com as consequências. É preciso ter cuidado com as coisas que esta vizinha diz ao António Costa.

Quanto à STAYWAY COVID, o Governo olhou para os cerca de 1800000 downloads da aplicação e pensou que o problema era claramente das pessoas não estarem a descarregar a aplicação. Com este número de downloads é óbvio que o problema advém daí... Ou então foi também a vizinha que lhe disse que devia ser obrigatório, nunca se sabe.

Quando há pessoas que usam a aplicação e pensam que a STAYAWAY COVID vai apitar quando estiverem junto a um infectado diz muito do que a generalidade das pessoas sabe da aplicação. Malta, isto não é o sistema de pulseira electrónica para proteger vítimas de violência doméstica quando o agressor se aproxima delas. É para alguém infectado poder alertar as pessoas que estiverem em contacto consigo nos últimos 14 dias, após o médico responsável pelo seu caso lhe fornecer um código para inserir na aplicação.

António Costa, sobre a obrigatoriedade desta medida, já veio dizer o seguinte:

Odeio ser autoritário, eu não quero ser autoritário, mas temos de controlar esta pandemia

Sabem o que isto faz mesmo lembrar? O "Eu não sou racista, mas...". Portanto, sabem quem é que costuma dizer coisas como "Eu não queria ser autoritário, mas vocês é que me obrigam"? Exacto, pessoas com tendências autoritárias.

A candidata à Presidência da República, Ana Gomes, também já veio a público dizer-se contra a obrigatoriedade da instalação da app STAYAWAY COVID por, entre outras coisas, ser uma violação da privacidade. Não deixa de ter piada quando defende as acções de Rui Pinto.

Sendo obrigatória em contexto escolar, será que se um aluno não tiver a STAYAWAY COVID instalada na sala de aula leva falta de material? São estas pequenas coisas que me deixam dúvidas.

Se o Governo quer levar estas medidas em frente, acho que devia criar uma polícia específica para fiscalizar a utilização obrigatória das máscaras na rua e da instalação da app STAYAWAY COVID. A polícia chamar-se-ia COPIDE-19. Parece-me um nome adequado.

Só sei é que com a repercussão que isto está a ter, Portugal ainda vai ser o grande responsável pelo ressurgimento da Nokia. Volta Nokia 3310, estás perdoado!

Entretanto no Brasil, a Polícia Federal encontrou 30 mil reais (4,6 mil euros) escondidos entre as nádegas do senador Chico Rodrigues numa operação que investiga desvios de dinheiro público destinado ao combate da pandemia de COVID-19.

Então um bom dia para todos.

Estamos uma calamidade novamente

Então não é que o Cristiano Ronaldo apanha COVID-19 e, menos de 24 horas depois, o Governo passa o país da situação de contingência para o estado de calamidade. Se o António Costa tivesse esperado para ver a exibição do Diogo Jota no jogo contra a Suécia não tinha havido necessidade de declarar o estado de calamidade.

Entre várias das novas medidas apresentadas em conferência de imprensa, houve uma que se destacou:

Apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei a que solicitaremos uma tramitação de urgência para que seja imposta a obrigatoriedade do uso da máscara na via pública, repito, com o óbvio bom senso de só nos momentos em que há mais pessoas na via pública e também da utilização da aplicação STAYAWAY COVID em contexto laboral, escolar e académico, nas forças armadas e nas forças de segurança e no conjunto da administração pública.

Agora já se legisla bom senso e instalação de apps? Está bonito isto.

Apesar de não achar correcto o uso obrigatório de máscara na rua, eu ainda percebo que o seja, mas como é que se cria uma lei sobre o "óbvio bom senso da utilização da máscara"? Eu por exemplo, quando vou na rua normalmente não uso máscara, mas quando vou passar por uma zona mais movimentada coloco-a. Mas é o meu bom senso que, olhando para a quantidade de pessoas com que me vou cruzar, o define. Vão andar as autoridades a policiar o bom senso com uma fita métrica?

Depois, a instalação da aplicação STAYAWAY COVID... Será que o Orçamento do Estado tinha lá uma alínea escrita em que o Governo ia oferecer um smartphone, com a aplicação STAYAWAY COVID instalada, a cada português? Não reparei nisso.

Não sei se repararam, mas a STAYAWAY COVID é uma aplicação bastante peculiar. Por um lado, se ninguém a usar não serve para nada, porque não tem dados inseridos suficientes. Por outro, se toda a gente a usar também não serve para nada, porque vai fartar-se de disparar uma quantidade absurda de alertas desnecessários.

É só imaginar o caso de alguém infectado que andou de transportes públicos nos últimos 14 dias. Já imaginaram a quantidade de pessoas que essa pessoa se cruzou durante 15 minutos a menos de 2 metros de distância? E o mais provável é nem terem sido contagiados. Será uma excelente forma para lançar ainda mais o pânico generalizado.

Que eficiência

Ontem, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, ao fim da tarde de um Domingo, foi informado que testou positivo à COVID-19.

Os restantes ministros foram fazer testes durante a noite para saberem também se estavam infectados.

Hoje de manhã já têm os resultados a dizer que deram todos negativos.

Não sei como há pessoas que ainda dizem que o SNS24 e a app STAYAWAY COVID não funcionam bem. Querem mais eficiência que isto?

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