Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Não entendo isto do proprietário do restaurante LAPO insistir em não cumprir as regras de saúde pública. É que podiam fazer um protesto, com distanciamento social e com máscaras, mostrando que era possível estarem abertos cumprindo regras. Mas não. Decidem ir pela onda do negacionismo da doença.
Isto é algo que não faz sentido algum e nem sequer falo da parvoíce típica dos negacionistas. Simplesmente pela questão de marketing é algo que não deve ter sido bem pensado. É que pretendem mostrar-se como lutadores pela liberdade, mas o que fica é que são lutadores pela propagação da COVID-19. É esta a mensagem que passa para todos.
Quem é que, após isto tudo terminar, quererá ir de forma frequente a um restaurante que não tem preocupações com a saúde pública? Se não se preocupam com um vírus que provocou um pandemia mundial, iam preocupar-se com uma coisa mais simples como salmonelas? Outras bactérias? Bolores? Provavelmente são também tudo invenções dos poderes instalados para controlar os carneiros, ovelhas ou lá o que é que eles adoram chamar.
A mensagem que passa é que se não se preocupam que um cliente apanhe Covid-19, então também não devem ficar muito preocupados que um cliente apanhe uma bela caganeira. Péssima ideia de marketing.
Ljubomir Stanisic venceu a primeira estrela Michelin com o restaurante 100 Maneiras.
O processo de atribuição desta distinção foi bastante simples:
Isto é a prova que um bom cozinheiro necessita apenas de pão e água para fazer maravilhas.
Entretanto, durante o dia de hoje, deveremos ver o Fernando Medina a dizer que a estrela Michelin do restaurante do Ljubomir Stanisic é um prémio para todos os profissionais da restauração.
Não deixa de ser irónico é que o boneco da Michelin tem todo o ar de preferir restaurantes de rodízio brasileiro a restaurantes com a estrela Michelin.
É irónico que um Governo tão ligado a tachos lixe tanto a indústria da restauração. É óbvio que são uma das actividades económicas mais afectadas pelas restrições impostas e que devem ser ajudados.
No entanto os empresários da restauração embrenharam-se demasiado no espírito de uma das características que faz parte da nossa Portugalidade, a nossa capacidade para pedir. Mas não é aquele pedir normal. Não. É aquela capacidade bastante típica de pegar em problemas legítimos que precisam de solução e começar a exigir e exigir e exigir e exigir, sem saber quando é a altura de parar, até começarem a vir as exigências confeccionadas sem um ingrediente básico, a noção.
Qualquer Português sabe que se é para exigir, é para exigir à grande e Ljubomir Stanisic também já é um dos nossos. Estranho é isto ser feito por alguém relacionado à restauração. Alguém que sabe melhor do que ninguém que o excesso de um ingrediente ou um ingrediente em falta podem simplesmente estragar uma comida.
Apesar de tudo, devo dizer que, relaciono-me com algumas dessas exigências sem noção, porque lembro-me de em miúdo pensar «Se as pessoas precisam de mais dinheiro, porque é que não imprimem notas?». Infelizmente cresci e tive de abandonar a Terra do Nunca, mas é sempre bonito ver quem mantém esta inocência de criança mesmo já sendo adulto, pensando que o Governo tem dinheiro infinito para fazer tudo.
Só fiquei surpreendido com a manifestação de ontem no Porto ter acabado em confusão. Quem diria? Uma manifestação com o Ljubomir Stanisic como um dos líderes a acabar em confrontos? Foi realmente surpreendente.
António Costa anunciou que as medidas de apoio do Governo à restauração vão ser realizadas com base na faturação submetida no e-Fatura.
É uma maneira inteligente de dizer «Ah tinhas um restaurante que fugia aos impostos? Agora vai-te f****.». Bem António Costa.
Marcelo vai ao supermercado.
Marcelo vai ao restaurante.
Marcelo vai ao Infarmed.
Marcelo vai à praia.
Marcelo vai à feira.
Marcelo vai à livraria.
Marcelo vai passar uma noite num hotel.
Marcelo vai ao espectáculo do Bruno Nogueira.
Marcelo vai ao festival de teatro em Almada.
Marcelo vai ao cinema.
Nós agora mais que um Presidente da República, temos um spin-off dos livros da Anita.
Os galheteiros nos restaurantes vão passar a ter azeite, vinagre e gel desinfectante.
29 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.