Eu não sei quem pediu para acabar com o programa "Destemidas", mas, quem quer que seja, é burro quem nem uma porta.
Começa logo mal por se querer acabar com algo só porque não se concorda com o conteúdo. E estou-me a cagar se são de direita ou de esquerda, isso por si só é altamente estúpido. Não gostas, não vês. Muda de canal, é só carregar num botão do comando, não dá muito trabalho. Mas pronto, vamos dar essa estupidez de barato, porque todos sabemos que infelizmente há pessoas assim que, coitadas, não receberam todos os nutrientes quando eram pequenas.
Agora, o mais idiota é pedir isso para um programa da RTP2. Da RTP2! Ninguém vê a RTP2. Pior, é dar notoriedade a um programa que ninguém vê, mas que, só por causa da controvérsia criada, as pessoas vão acabar por ir ver por curiosidade. É o mesmo que dizer "Não vejam, não vejam isto para o qual eu estou a apontar!". Nem faz sentido sequer racionalmente para quem tiver dois dedos de testa. É todo um outro nível de parvoíce associada.
Todo este caso do bebé abandonado no ecoponto está a ganhar contornos de parvoíce. É que enquanto estamos no âmbito do crime, é chato, mas tudo bem, estamos dentro da normalidade. Agora, quando começa a meter parvoíce passa os limites do aceitável.
Primeiro começou com o Marcelo Rebelo de Sousa a ir olhar para dentro do ecoponto juntamente com o sem-abrigo que tinha sido noticiado como sendo quem tinha encontrado o bebé. Agora a SIC descobriu que afinal foram outros dois sem-abrigo que retiraram o bebé, comprovado pela gravação que foi feita do resgate. Estes sem-abrigo já disseram que é injusto o outro estar a receber coisas quando nem foi ele que descobriu e retirou o bebé. Face a esta notícia, o Marcelo já veio dizer que quantos mais melhor. Sempre são mais umas pessoas para ele abraçar em frente às televisões.
Pelo meio, a mãe foi detida e coloca em prisão preventiva, mas três advogados decidiram colocar um pedido de habeas corpus para que ela fosse solta, porque a sociedade é que é culpada de ela ter abandonado um recém-nascido à morte. O facto de o ter deixado num ecoponto durante 15 horas nem sequer significa que ela queria que ele morresse.
Por sua vez, a advogada que oficialmente defende a mãe veio criticar o pedido de libertação feito pelos outros advogados, até porque se formos a ver bem, ter cama, comida e roupa lavada é um upgrade bem positivo para um sem-abrigo. Entretanto, não sei o que lhe passou pela cabeça, mas já mudou ligeiramente de ideias e diz que vai pedir para a sua cliente ficar em prisão domiciliária. Portanto… Uma sem-abrigo… Em prisão domiciliária… Certo.
Para finalizar, hoje a Ministra da Justiça foi visitar o Estabelecimento Prisional de Tires e, como não podia deixar de ser, aproveitou para falar com a mãe do bebé que está lá detida e saber se estava a ser bem tratada. Há que cavalgar no assunto mediático do momento.
E é assim que o abandono de um recém-nascido se transforma em parvoíce.
Ou então foi tudo propositado e isto é uma mensagem que pode ter várias interpretações:
Significa que Portugal está sobre controlo estrangeiro e está a precisar de ajuda.
Significa que Portugal está de perna para o ar e como tal a bandeira está na posição correcta. As pessoas é que estão ao contrário.
Significa um sinal de protesto contra o fim do feriado do 5 de Outubro.
Significa que somos governados por um bando de bestas incompetentes que nem sequer sabem olhar para um bandeira e ver que está ao contrário
...
Já agora fica aqui uma pequena nota sobre o Artigo 332.º do Código Penal, que se refere ao ultraje de símbolos nacionais e regionais.
Quem publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público, ultrajar a República, a Bandeira ou o Hino Nacionais, as armas ou emblemas da soberania portuguesa, ou faltar ao respeito que lhes é devido, é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.
Mas pronto, estamos em Portugal, no pasa nada. Se não é pela merda que fazem todos os dias que são julgados criminalmente, não seria por uma bandeira invertida que o seriam.
O assalto a uma dependência bancária, ao princípio da tarde de hoje, em Vila do Conde, terminou de forma insólita, tendo a polícia cercado um edifício onde apenas havia reféns, depois do assaltante ter fugido.
O episódio foi revelado à Lusa por uma fonte oficial da PSP, no local, admitindo que as forças policiais mobilizaram cerca de meia centena de efectivos para cercar um edifício, onde o homem que procuravam já tinha saído.
A PSP foi alertada para a tentativa de assalto "pouco depois das 13:30", segundo a fonte, tendo, de imediato montado um dispositivo que isolou toda a zona onde se encontra a agência bancária.
João Lima, vendedor de um stand de automóveis nas imediações, revelou à Lusa ter visto "um cliente a entrar no banco", que terá recuado depois de, alegadamente, ter visto "duas senhoras deitadas no chão".
As duas senhoras serão as funcionárias do banco que permaneceram reféns, sem, no entanto, terem um sequestrador por perto.
"As senhoras pensavam que o assaltante ainda estava lá dentro e, por isso, não saíram", admitiu a fonte policial à Lusa.
A testemunha contactada pela Lusa disse ter-se apercebido de que existiam dois homens envolvidos no assalto, "um dentro do banco e outro cá fora".
A PSP não confirma o número de assaltantes, até porque, quando chegou ao local, já só havia reféns no interior do banco.
O assalto acabou por não ser consumado, tendo a polícia confirmado que "não foi roubado nada".
No local acabaram por se concentrar algumas centenas de populares, que aproveitaram para se manifestar contra o alegado aumento da insegurança.
"Há pouca polícia", sentenciou Fernando Silva, morador na zona, enquanto uma vizinha, Fernanda Araújo, defendia que o assalto "foi obra de gente de fora".
A Polícia Judiciária já iniciou as investigações para tentar apurar os contornos deste assalto insólito e rocambolesco.(link da notícia)
É sempre bom constatar a eficiência da nossa polícia. Calculo que ainda tenham perdido algum tempo a tentar comunicar com os assaltantes e como estes não respondiam os GOE já deviam estar prontos para entrar a "matar". Como é óbvio há sempre uma vizinha atenta à situação e perita em investigação criminal de tal forma que pôde afirmar categoricamente que "foi obra de gente de fora". E o mais incrível é que ela está correcta. Obviamente que foi gente de fora. Agora resta saber do quão fora engloba o"gente de fora" da senhora. Fora do bairro? Fora da freguesia? Fora do concelho? Fora do distrito? Fora da país? Julgo que no caso desta senhora qualquer coisa que ultrapasse o prédio dela será outro mundo e por isso feito por "gente de fora".
Dezenas de pessoas pagaram para figurar num anúncio com Cristiano Ronaldo
Uma falsa campanha de publicidade que contaria com Cristiano Ronaldo como figura central, incentivou várias dezenas de pessoas a inscrever-se para e a pagar dez euros para participar num anúncio que nunca chegou a acontecer. Ver notícia completa.
Há pessoas que merecem o que lhes acontece só pela sua estupidez. É que estou mesmo a ver a Nike a ir ao Bairro da Boavista e andar pela rua a pedir figurantes (até porque não há agências de figurantes), ainda por cima as pessoas tinham de pagar para fazer a figuração. Se até as prostitutas com que o Cristiano Ronaldo se envolveu não fizeram o serviço de graça, quanto mais as pessoas serem elas próprias a pagar para entrar. Haja parvoíce em Portugal e pessoas a aproveitarem-se disso.