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Urso Tobias

Tobias, or not Tobias, that is the question. Divagações de um urso.

Urso Tobias

Tobias, or not Tobias, that is the question. Divagações de um urso.

Maioria absoluta de coronavírus

António Costa testou hoje positivo ao SARS-CoV-2. O seu corpo tem agora a maioria absoluta de coronavírus.

É incrível que houve uma maioria rosa tão grande em Portugal que até os autotestes e depois um teste de antigénio que fez ficaram dessa cor.

Não estou a ver como o António Costa conseguiu ficar infectado. Com tanto cuidado que houve nas campanhas para manter todas as medidas de segurança e de protecção durante o pico do número de infecções.

Arruada no Chiado do PS

Bem, agora a única alternativa vai ser ficar meio país em isolamento por causa do António Costa ter testado positivo à COVID-19.

Isto também explica porque é que ele não pode reunir-se com a Catarina Martins ontem, tal como ela lhe tinha proposto. Tudo a pensar que era por ter maioria absoluta e já não querer saber e afinal era só por estar infectado.

Tendo em conta que agora vai ter de ficar uns quantos dias em isolamento, já não vai poder reunir-se com o Presidente da República. Lá vai o Marcelo Rebelo de Sousa empossar Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro de Portugal.

Eleições Presidenciais 2021

Ontem tivemos então mais umas eleições presidenciais, sem grande história e com pouca imprevisibilidade. Novamente o grande vencedor da noite foi a abstenção, apesar de não ter sido tão grande como se esperava. Ainda assim, não deixa de ser curioso que quando é para ficar em casa, os Portugueses vão para a rua e quando podem sair para ir votar, os Portugueses ficam em casa. Vá-se lá perceber.

Aqui ficam as minhas impressões sobre os vários candidatos que ontem discutiram estas eleições. Agora sim, a opinião que interessa.

  • Marcelo Rebelo de Sousa - Parece que ganhou. É verdade, quem diria? E com cerca de 60%. Nem vai haver segunda volta nem nada. E pelas declarações do CDS, aparentemente foi graças a eles que ganhou. Marcelo levou esta eleição com a leveza que o caracteriza, já com a noção absoluta que iria ganhar. Foi aos debates fazer a sua obrigação, nem sequer se dignou a fazer vídeos para o tempo de antena e, apenas para o final da campanha, decidiu fazer efectivamente alguma campanha, porque deve ter começado a ver que era melhor começar a dar alguns sinais de vida antes que a coisa corresse um bocado mal e fosse obrigado a ir a uma segunda volta. Marcelo tinha ido votar a Celorico de Basto, mas voltou para Lisboa para fazer o discurso de vitória. Ao chegar a casa, disse aos jornalistas para esperarem um bocadinho, porque ia comprar qualquer coisa para comer no take-away. Fez bem. Toda a gente sabe que "tu não és tu, quando tens fome". Depois, ao final da noite, lá fez a viagem de Cascais até à Faculdade de Direito para fazer o seu discurso. Foi a viagem mais longa alguma vez vista, sem trânsito, nesse percurso. Quase demorava mais do que a vinda desde Celorico. Parecia até que estava a fazer de taxistas de uns turistas no carro e a dar-lhes a tour por Lisboa. Já o discurso de vitória, não foi assim tão vitorioso como se esperaria, mas foi o adequado aos tempos em que vivemos.
  • Ana Gomes - Conseguiu o seu grande objectivo, ficar em 2º lugar. Com cerca de mais de 45000 votos no total do que André Ventura, Ana Gomes bem pode agradecer ao eleitores do distrito do Porto que lhe deram mais 50000 votos que a André Ventura. Não fossem eles e isto tinha corrido pior. Acabou a noite a queixar-se da falta de apoio do PS. Nunca é bom sinal quando se atira as culpas dos insucessos próprios para cima dos outros.
  • André Ventura - Vai demitir-se! Iei. Mas vai recandidatar-se! Ohhh. Andou a noite toda ali taco a taco com Ana Gomes na luta pelo segundo lugar, perdendo com um golo nos últimos minutos. Mesmo assim, pelo discurso de Rui Rio a lamber as botas Dr Martens e do discurso do próprio foram os grandes vencedores da noite. André Ventura considerou-se como o enviado de Deus. Se por um lado é compreensível, porque, quando toda uma campanha eleitoral é centrada na sua pessoa, é natural que pareça omnipresente. Por outro lado, ter apenas menos de 12% dos votos não me parece muito omnipotente. E muito menos omnisciente, porque assim saberia que ia ficar atrás de Ana Gomes. Um dos maiores pontos positivos de André Ventura não ter sido eleito Presidente da República é a poupança em segurança que se vai fazer. Se ele já anda com vários agora, imaginem a quantidade de seguranças que teria se fosse eleito. Era mais um rombo no orçamento.
  • João Ferreira - Quando João Ferreira se casou, o padre perguntou-lhe aquela lenga-lenga toda do prometer amar e respeitar a esposa e etc e tal. João Ferreira respondeu que jurava defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa. Nestas eleições, conseguiu basicamente segurar o eleitorado comunista. É o possível agora.
  • Marisa Matias - Ir lutar com um inimigo, no terreno e nas condições do inimigo, ou se é muito bom ou então é meio caminho andado para perder. Para Marisa Matias foi este o segundo caso. Marisa Matias teve uma campanha fraca, que raramente se conseguiu diferenciar de Ana Gomes e, como tal, tornou-se uma candidatura redundante.
  • Tiago Mayan Gonçalves - Inicialmente previa-se que fosse ter uma campanha completamente desastrosa, mas foi sempre em crescendo. Acabou a noite todo suado, provavelmente por ter andado a correr atrás do Tino de Rans até o conseguir mesmo sobre a meta. Não tendo feito um resultado escandaloso, também é estranho vir cantar vitória por ser o último dos candidatos com apoio de partidos com assento parlamentar. É poucochinho.
  • Vitorino Silva - Sendo constantemente desprezado pelas principais canais generalistas, o grande Tino fez a campanha certa. Foi para casa, doou sangue, conseguiu uma máquina de ressonância magnética para o hospital de Penafiel, surpreendeu nos debates. A única coisa que pedia em troca era ter mais 1 voto que há cinco anos. Infelizmente, não o conseguiu. Sinto que falhámos enquanto povo, quando não conseguimos sequer dar 5% a um bom homem que luta pelos seus sonhos. É verdade também que isto não é de estranhar. Se há algo que o tuga normalmente não gosta é de ver um dos seus a ter destaque. Olhar para alguém que podia ser o nosso vizinho, o nosso tio, o primo da aldeia, a tentar chegar a algum lado pelo seu esforço, faz-nos sentir inferiores por não conseguirmos fazer o mesmo e isso é inaceitável. A única parte positiva é que se conseguir manter a votação que teve no Porto, daqui a dois anos, nas legislativas, talvez tenhamos Tino de Rans na Assembleia da República. Era importante ter a voz de alguém lá que tivesse a noção de alguns dos problemas que acontecem acima do Tejo. Talvez assim percebam o porquê de outras forças mais ocultas estarem a crescer.

Em honra ao Tino, quero terminar este texto com uma parábola do que tenho assistido nos últimos anos e, em particular, após a noite de ontem. Parece haver muitas pessoas que vêem uma mancha de humidade a crescer constantemente numa divisão da sua casa e simplesmente deixam de ir a essa divisão. Se não virem as causas do problema, então é sinal que não há problema. Só se queixam que começa a vir um cheiro a mofo, mas depois ficam surpreendidas por essa mancha ir ficando cheia de bolor, até ficar completamente podre e se ir alastrando cada vez mais. Se não se arranjar o que está a causar a humidade, pode-se fazer muita coisa, mas a humidade vai voltar sempre a aparecer.

Agora sim, as Presidenciais vão começar

Ontem foi um dia bastante mexido no que diz respeito às eleições para a Presidência da República.

A meio da tarde tivemos Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar a sua candidatura. Senti mesmo o sofrimento dele a anunciar a sua recandidatura à Presidência da República. Ele nem queria, mas é pela pandemia, pela crise económica e social, pela vizinha do 3º Dto. É por tudo, menos por ele. Coitado do Marcelo.

Esqueceu-se foi de referir o principal motivo que o levou a recandidatar-se. Com isto dos confinamentos e distanciamentos sociais, não conseguiu cumprir a meta de tirar uma selfie com cada um dos Portugueses durante o primeiro mandato.

Devo dizer que estou ansioso e expectante por ver o debate entre o Marcelo Rebelo de Sousa e o André Ventura. Vai ser Populista do Bem Vs. Populista do Mal. Aposto que será engraçado.

Depois, por volta da hora de jantar, na TVI, tivemos Marisa Matias a ser "entrevistada" por Miguel Sousa Tavares. As aspas no "entrevistada" são porque na realidade aquilo o Miguel Sousa Tavares tem feito todas as semanas não é bem uma entrevista. Ele faz uma pergunta, o entrevistado começa a responder e ele vai interrompendo constantemente até passar a nova pergunta.

O ponto mais surpreendente da entrevista foi saber que Marisa Matias é social-democrata. Ora aí está uma coisa que não estava à espera de a ouvir dizer. Ser social-democrata deve ser gostar de socializar e de democracia. Se é isso, estou dentro. Quer dizer... pensando melhor, com a Covid, é melhor deixar o socializar para mais tarde.

Esta foi a quarta entrevista que vejo do Miguel Sousa Tavares aos candidatos à Presidência da República. Esta foi a quarta vez que nem entrevistador nem entrevistado falam sobre a candidatura à Presidência da República nem sobre o que pretenderiam fazer se forem eleitos Presidente da República. É estranho e faz-me pensar que ou nenhum deles sabe para o que se está a candidatar ou então tanto faz ser qualquer um e, por isso mesmo, bem pode ficar lá o Marcelo na boa e sem problemas.

Pelo menos, todos os candidatos estão lançados, agora sim, as Presidenciais vão começar.

Por uma Presidência com tino

Num dia em que saiu mais uma sondagem sobre as Presidenciais que dá vitória a Marcelo Rebelo de Sousa na primeira volta e segundo lugar a André Ventura, vejo-me forçado a avançar o meu apoio a um candidato.

Tino de Rans

Exacto, Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans. Um candidato a Presidente da República sem rabos-de-palha e agendas escondidas. É verdade que também não deve ter agenda, mas ao menos não tem agendas escondidas.

Se forem a ver bem, André Ventura foi adjectivando todas as candidaturas que foram sendo lançadas, mas a candidatura do Tino de Rans é tão forte que nem se atreveu a adjectivá-la.

O grande candidato à Presidência da República e Marcelo Rebelo de Sousa
O grande candidato à Presidência da República e Marcelo Rebelo de Sousa

O Tino de Rans é tão espectacular que foi ter uma audiência com o Presidente da República e foi o próprio Marcelo Rebelo de Sousa quem lhe pediu para tirar uma selfie.

Já li pessoas a desdenhar a candidatura do grande Tino com o argumento de que se o Presidente da República é o Comandante Supremo das Forças Armadas, no caso de entrarmos em guerra, quem é que quereria o Tino de Rans a comandar. A resposta a isto é clara. Eu. De todos os candidatos é provavelmente o único que foi à tropa.

Nem de propósito, esta manhã, Tino de Rans foi à SIC ao programa Olhó Baião!. Tino enviou mensagens políticas fortíssimas e espero que os portugueses as tenham captado.

Tino de Rans no Olhó Baião!

Tino cantou o seu grande sucesso "Pão Pão, Fiambre Fiambre" no qual é referido o seguinte:

Pão com manteiga é tão bom, mas com fiambre ainda é melhor

Esta uma clara alusão a Marcelo Rebelo de Sousa que é a manteiga, mas ele, Tino de Rans, é o fiambre. Tino não vai deixar faltar o pão aos portugueses.

Por uma Presidência com tino, votem Vitorino Silva. #Tino2021 #PresidenTinoDeRanspública

Qual é a altura boa para uma crise política?

Qual é mesmo a altura boa para haver uma crise política?

É que pelo que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa dizem, agora não é um desses momentos.

No entanto, se dizem que agora não é uma boa altura para haver uma crise política isso também significa que, aparentemente, há outras alturas boas para haver crises políticas.

É que, assim de repente, tirando a que aconteceu ali em meados de Abril de 1974, não me recordo de nenhuma outra altura boa para haver uma crise política. Não estou a ver algum português a pensar "Epá, este país está tão bom e não se passa nada, isto agora ia mesmo bem uma crise política. Só para animar um bocado. Ainda por cima não tenho nada planeado para os próximos meses.".

Não gostas? Mete à borda do prato

marcelo_2.JPG

Marcelo Rebelo de Sousa foi hoje interpelado por uma cidadã durante a inauguração da Feira do Livro no Porto (podem ver o vídeo).

Foi um belo momento, claramente espontâneo e nada planeado. Não foi uma tentativa de provocar um confronto com o Presidente da República nem nada. A mandar para o ar umas frases cheias de demagogia e outras falsas, sem deixar o Marcelo responder, para tentar gerar ali qualquer coisa enquanto mantinha o telemóvel em riste a gravar a conversa. Se fosse o António Costa, existia sempre a possibilidade de se virar para lhe dar uma lamparina, mas o Marcelo sabe muito disto.

Eu nem sou particular fã da presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, mas ele esteve bem. Praticamente na única resposta que conseguiu dar à mulher em 15 minutos foi bem claro. Não gosta de como o Governo está a governar? Mete à borda do prato, ou seja, convença os portugueses a votar noutro Governo. Simples, é assim a democracia. Quem governa é o Governo e quem legisla é a Assembleia da República, nenhuma destas funções são as do Presidente da República.

Se fosse um cidadão descontente que quisesse ter um diálogo com o Presidente da República para apresentar as suas preocupações eu não seria de acordo com esta resposta, mas quem vem com frases populistas e demagógicas claramente com um segundo intuito merece levar respostas destas. Só ficou mesmo a faltar no final perguntar-lhe se queria também tirar uma selfie, já que esteve ali com o telemóvel em riste a gravar durante toda a interpelação.

Spin-off dos livros da Anita

Marcelo vai ao supermercado.

Marcelo vai ao restaurante.

Marcelo vai ao Infarmed.

Marcelo vai à praia.

Marcelo vai à feira.

Marcelo vai à livraria.

Marcelo vai passar uma noite num hotel.

Marcelo vai ao espectáculo do Bruno Nogueira.

Marcelo vai ao festival de teatro em Almada.

Marcelo vai ao cinema.

Nós agora mais que um Presidente da República, temos um spin-off dos livros da Anita.

Emergência

Emergência (segundo a Infopédia) - acontecimento inesperado ou de gravidade excecional que requer (re)ação imediata ou urgente.

Emergência (segundo Marcelo Rebelo de Sousa) - acontecimento inesperado ou de gravidade excecional que requer (re)ação para daqui a três dias a seguir ao almoço, mas se também não puder ser pode ficar para a outra semana.

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