Faz hoje 4 anos que o maior feito da história recente internacional de Portugal foi alcançado. Faz hoje 4 anos que foi o Éder que os f****.
Sinto que falhámos a Éder. Éder sempre foi o patinho feio da selecção nacional e teve aquele momento único em que se tornou num magnífico cisne. Éder conseguiu assim entrar na História de Portugal a pontapé. Éder colocou Portugal na História do futebol. Mas, nós portugueses, falhámos a Éder.
Onde está uma rua com o nome de Éder? Onde está uma estátua a imortalizar o pontapé que humilhou os franceses na sua própria casa? Onde está o feriado dedicado a São Éderzito? Onde? Falhámos a Éder enquanto Nação.
Portanto, face a esta enorme falha, só resta a todos portugueses juntarem-se e fazerem força para que o novo aeroporto de Lisboa seja nomeado em sua honra: Aeroporto Internacional Éderzito Lopes. Querem provar que Portugal não é racista? Esta é a oportunidade. Espalhem pelas redes sociais a hashtag #AeroportoInternacionalÉderzitoLopes. Vamos fazer justiça pelo nosso herói.
Todo este caso do bebé abandonado no ecoponto está a ganhar contornos de parvoíce. É que enquanto estamos no âmbito do crime, é chato, mas tudo bem, estamos dentro da normalidade. Agora, quando começa a meter parvoíce passa os limites do aceitável.
Primeiro começou com o Marcelo Rebelo de Sousa a ir olhar para dentro do ecoponto juntamente com o sem-abrigo que tinha sido noticiado como sendo quem tinha encontrado o bebé. Agora a SIC descobriu que afinal foram outros dois sem-abrigo que retiraram o bebé, comprovado pela gravação que foi feita do resgate. Estes sem-abrigo já disseram que é injusto o outro estar a receber coisas quando nem foi ele que descobriu e retirou o bebé. Face a esta notícia, o Marcelo já veio dizer que quantos mais melhor. Sempre são mais umas pessoas para ele abraçar em frente às televisões.
Pelo meio, a mãe foi detida e coloca em prisão preventiva, mas três advogados decidiram colocar um pedido de habeas corpus para que ela fosse solta, porque a sociedade é que é culpada de ela ter abandonado um recém-nascido à morte. O facto de o ter deixado num ecoponto durante 15 horas nem sequer significa que ela queria que ele morresse.
Por sua vez, a advogada que oficialmente defende a mãe veio criticar o pedido de libertação feito pelos outros advogados, até porque se formos a ver bem, ter cama, comida e roupa lavada é um upgrade bem positivo para um sem-abrigo. Entretanto, não sei o que lhe passou pela cabeça, mas já mudou ligeiramente de ideias e diz que vai pedir para a sua cliente ficar em prisão domiciliária. Portanto… Uma sem-abrigo… Em prisão domiciliária… Certo.
Para finalizar, hoje a Ministra da Justiça foi visitar o Estabelecimento Prisional de Tires e, como não podia deixar de ser, aproveitou para falar com a mãe do bebé que está lá detida e saber se estava a ser bem tratada. Há que cavalgar no assunto mediático do momento.
E é assim que o abandono de um recém-nascido se transforma em parvoíce.