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Urso Tobias

Tobias, or not Tobias, that is the question. Divagações de um urso.

Urso Tobias

Tobias, or not Tobias, that is the question. Divagações de um urso.

Dat ass...édio

Sofia Arruda

Durante o fim de semana passado, um dos assuntos mais comentados foi a entrevista de Sofia Arruda a Daniel Oliveira no Alta Definição, da SIC.

Um dos grandes motivos foi por revelar que foi alvo de assédio sexual de um responsável televisivo e, consequentemente, afastada do canal por sete anos ao rejeitar tal aproximação.

Gerou-se quase imediatamente, nas redes sociais, uma espécie de jogo de Cluedo. Todos a tentar descobrir quem foi o assediador da Sofia Arruda através das poucas pistas que foram disponibilizadas.

No meio deste entretenimento há sempre dois tipos de grupo que se geram quase automaticamente. Há os pedidores de nomes e os desvalorizadores das queixas femininas.

Os pedidores de nomes, como dá para perceber, são aqueles que mal aparece um caso começam logo a pedir o nome de quem foi. «Quem foi? Digam o nome! Temos de lhe fazer a folha! Diz o nome Sofia!». Quais justiceiros das redes sociais logo prontos para fazer "justiça". Pessoas que não entendem que lançar um nome para o ar que depois não se tem meios para provar seria meio caminho andado para ser ela própria a lixar-se por calúnia ou difamação.

Depois temos os desvalorizadores das queixas femininas, pessoas que dizem logo que "É para aparecer", "Se é verdade, porque é que não fez queixa?". A Sofia Arruda explicou muito bem na entrevista. Os avanços foram sempre velados e sempre disfarçados de propostas de encontros de trabalho. Como é que se faz queixa de algo que não se tem provas? Quando fica a palavra de um contra a palavra o outro?

Este é o grande problema dos casos de assédio. Se por um lado não se deve simplesmente queimar uma pessoa em praça pública por algo que alguém diz, por outro pode ser extremamemente complicado de provar se não existir algo em concreto que o permita. O que fazer então? Não faço ideia... É um assunto demasiado complexo e só imagino que possa ser resolvido com educação para que tais situações existam cada vez menos.

Bem, este caso estava lançado para abrir a discussão do assédio sexual em Portugal, mas de repente meteram-se assuntos mais importantes pelo meio. É que assédio a mulheres uma pessoa ainda pode deixar passar, mas agora este tipo de assédio que os clubes ricos estão a fazer ao futebol? Inadmissível. Então e a abertura das lojas? Toda a indignação com o assédio sexual ficou ali retida numa fila da Primark e precisou de uns dias para retomar.

A verdade é que voltou e em força, com uma insinuação do João Quadros de que o próprio Daniel Oliveira teria também praticado assédio sexual aqui há uns anos. Excelente plot twist. O entrevistador ao qual foi revelado um caso de assédio sexual ser também alguém que assediava mulheres. Já estou a imaginar o Daniel Oliveira a dizer a alguma apresentadora "O que dizem os teus entrefolhos? Não sabes? Então deixa-me descobrir". Sendo verdade ou não, o que mais adoro nesta história é ver quem não tem capacidade para puxar minimamente pela cabeça depois achar que este é o mesmo caso da Sofia Arruda. É lindo ver gente totalmente à toa.

Entretanto, o Rui Unas a ver toda esta polémica em torno das questões de assédio sexual, pensou bem e escolheu Tomás Taveira para convidado do seu podcast Maluco Beleza. Mais, decidiu tirar uma fotografia com o homem e colocar com parte da descrição «Ícone. Tomás Taveira. 82 anos. Um homem não pode ser definido apenas pelas asneiras que fez na vida». A quais asneiras estará o Rui Unas a referir-se? Torres das Amoreiras? Estádios para o Euro 2004? Não sei.

Toda esta espécie de #MeTooga, um #MeToo à portuguesa, começou devagar, mas está a ter uns desenvolvimentos bem interessantes. Estou ansioso pelos próximos capítulos. A não perder.

Opinião impopular

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Ontem estreou, na SIC, "Princípio, Meio e Fim", o novo programa da autoria de Bruno Nogueira, Nuno Markl, Salvador Martinha e Filipe Melo e que conta com Albano Jerónimo, Jessica Athayde, Rita Cabaço e Nuno Lopes no elenco.

A forma como a SIC publicitou o programa foi deveras curioso:

SIC: Vejam este incrível e original novo programa de Bruno Nogueira, "Princípio, Meio e Fim".

Portugueses: Sim, a que horas?

SIC: Meia-noite de um Domingo.

Portugueses: ...

A colocação do programa a essa hora é uma espécie de teste. Ver quantos fãs do Bruno Nogueira não precisam de acordar cedo para ir trabalhar no dia seguinte.

Eu fui um desses e aqui vai uma opinião impopular. Este programa do Bruno Nogueira é engraçado e uma lufada de ar fresco por ser totalmente diferente do que passa na televisão generalista, mas se fosse feito por outras pessoas toda a gente diria que era uma parvoíce. E antes que venham com coisas, porque parece que tem sempre de se justificar as opiniões, eu gostei do programa. Mas é a realidade. Só me parece é que o Bruno Nogueira está a ter aquilo que o Salvador Sobral uma vez disse de poder mandar um peido que as pessoas aplaudiam de qualquer forma. É o mérito de já ter conseguido esses seguidores.

Veja-se o exemplo de Cristina Ferreira quando fez um especial de Natal, em directo, sem guião, cheio de nonsense. Muita desta gente que agora diz que o conceito do "Princípio, Meio e Fim" é genial e brilhante, deitou abaixo o especial de Natal por ser parvo. Isto porque quem segue o Bruno Nogueira é gente intelectual e quem não gosta então é sinal que não é suficientemente evoluído, mas quem gosta da Cristina Ferreira são os parolos que não pensam.

É que se formos a ver bem, todos nós já nos juntámos com amigos a falar e a quantidade de palermices que vai saindo das nossas bocas é incrível, só não é criado um programa humorístico a partir disso. Mas podia. Olhem que podia.

Eu acima gozei com a SIC pelo horário em que colocaram o programa, mas também temos de dar o mérito quando tal é devido. É verdade que colocar um programa destes às horas que colocou e com a experiência do "Como é que o bicho mexe?" a já dar algumas garantias torna tudo um bocado mais simples, mas, neste caso, foi Daniel Oliveira o verdadeiro corajoso ali. É fácil para Bruno Nogueira e companhia poderem dar-se ao luxo de fazer um programa onde se pode escrever e fazer o que se quiser quando lhes dão a liberdade total para isso. E esse é, para mim, o verdadeiro sentido por trás do "Princípio, Meio e Fim", a liberdade.

O Urso Tobias queria ver a Lua de perto

O Urso Tobias queria ver a Lua de perto

Recomendação de prenda de Natal para quem tem crianças pequenas: O Urso Tobias queria ver a Lua de perto. Textos de Filipa Pimenta e Ivone Patrão, ilustrações de Mónica Catalá.

Um livro baseado em factos reais da minha infância,  que irá ajudar as crianças a valorizar a superação de desafios e a acreditar nas suas capacidades.

Nem sei como conseguiram descobrir estas histórias sem sequer me consultarem. Estão mais bem informadas que o Daniel Oliveira no Alta Definição. Só fiquei triste por não me terem representado na cor original. Não se pode ter tudo.

Ah e não fiquem a pensar que vou ganhar dinheiro com isto, porque não irei receber qualquer compensação monetária pela venda do livro. Não por minha vontade, mas pronto, é o que temos.

Acho que esta é a minha primeira recomendação... Porra, até me sinto um influencer... Que nojo. Vou agora tomar um banho para ver se esta sujidade sai de mim.

Há pessoas com sorte

O Daniel Oliveira deve ser das pessoas com mais olho para as pessoas com quem pretende trabalhar. No Só Visto! tinha a companhia da Helena Coelho, Dália Madruga, Margarida Barreiras, entre outras. Agora que se mudou para a SIC quem é que ele escolheu para trabalhar consigo? Nada mais nada menos que a Cláudia Borges, a Liliana Campos, a Rita Andrade, a Vanessa Oliveira e a Orsi Fehér. Chamem-lhe estúpido...

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