Não sei se já escrevi aqui sobre isto, mas, a forma como a comunicação social no geral e a CMTV em particular estão a pegar neste caso do rapaz que supostamente queria fazer um ataque na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fez-me voltar a pensar nesta situação.
Rezem para que nenhum familiar vosso faça porcaria digna de ficar no radar da CMTV. É que eles vão acabar por investigar a família toda e descobrir tudo e mais alguma coisa sobre vocês, relacionando com o que se passou, apesar de não ter minimamente a ver com o caso.
Vão descobrir aquela vez em que roubaram duas pastilhas na mercearia do bairro. Vão descobrir que levaram cábulas para o teste de História. Vão descobrir daquela multa por excesso de velocidade. Vão descobrir daquela altura que não foram visitar os vossos avós.
Isto tudo para chegarem à conclusão que não são uma família normal e o quer que tenha acontecido já era esperado vir a acontecer. A rapidez com que se envia toda uma família para a lama é absurda. É este o tipo de jornalismo nojento e pouco ético que temos actualmente, um jornalismo espectáculo.
Então não é que o Luís Filipe Vieira foi detido por ser suspeito de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento? Realmente, quem é que poderia imaginar uma coisa destas? Tirando cerca de 60% de sócios do Benfica que insistiram em mantê-lo como Presidente, ninguém ficou surpreso.
No início, ainda pensei que fosse mais uma daquelas buscas que estavam sempre a acontecer relacionadas com o Benfica. Isto já era tão recorrente que o pessoal que vai investigar devia ter uma chave para entrar sem incomodar e até devia servir-se do frigorífico à vontade. O Luís Filipe Vieira até nem precisa de empregada doméstica, porque as equipas de investigação já lá iam todas as semanas fazer-lhe as limpezas.
Após a final da Taça de Portugal, eu escrevi um texto na altura a dizer como estava farto, do qual destaco o seguinte excerto:
É que estou mesmo farto. Farto de haver sempre uma desculpa externa para justificar todos os falhanços da época. Farto que hajam adeptos que achem que o que demonstra o espírito benfiquista é andar metido numa confusão em campo. Farto do Jorge Jesus que já teve a sua época do Benfica e não devia ter voltado. Farto do Luís Filipe Vieira que também já não devia ter continuado, mas, a não ser que a polícia o venha buscar, deve ficar até ao fim, porque foi o que 60 e tal porcento de sócios assim o quiseram e o merecem. Farto.
Feliz ou infelizmente parece que acertei. Foi preciso a polícia vir buscá-lo. Se o Vieira soubesse o que sabe hoje, aposto que tinha ido tratar da transferência do João Mário a Itália pessoalmente. E depois aproveitava para ver de jogadores em países que não têm acordos de extradição para Portugal, tipo Rússia ou assim.
É que roubar o BES, o Novo Banco ou o Estado Português ainda se admite. Agora roubar o Benfica? O Benfica?! Devia ser para casos destes que a prisão perpétua ou a pena de morte deviam ser aplicadas.
Como benfiquista resta-me esperar que isto seja o início de uma limpeza profunda no clube. Não podemos ter gente desta no Benfica. E não falo apenas do Luís Filipe Vieira. Toda a gente que o acompanha, a começar logo por Pedro Guerra.
Ontem à noite, Pedro Guerra foi à CMTV, qual Ministro da Propaganda do Vieirismo, tentar fazer a maior limpeza possível da imagem do Vieira. O melhor espectáculo de magia de sempre. Foi algo como:
Está tudo a correr bem. O Benfica tem um grande plantel e vai fazer uma grande época. Luís Filipe Vieira é um enviado dos céus para salvar o Benfica. É um homem sério e honrado.
De muitas declarações completamente absurdas que proferiu, o Pedro Guerra conseguiu, em plena televisão, dar a entender que não há problema em o Vieira ter roubado o Benfica, porque também deu muito dinheiro a ganhar ao clube com a venda de jogadores. A falta de vergonha que é necessária para dizer uma coisa destas é realmente admirável. O Benfica não pode ter pessoas destas ligadas ao clube. Será este o fim do Vieirismo?
Pelo que tenho visto, devo ter sido dos poucos seres em Portugal que não viu a entrevista do Tony Carreira ao Manuel Luís Goucha na TVI. No entanto, sem ter assistido a qualquer bocado da entrevista, acho que consigo adivinhar o que se passou. O homem estava todo alegre e divertido? Não? Um pai que perde de uma forma repentina e dramática uma filha que amava profundamente não estava ali a pular aos saltos? Não me digam que estava todo destruído emocionalmente e relatou momentos da dor que passou e continua ainda a passar? Epá, isso é que seria mesmo surpreendente...
Este tipo de programas não me trazem qualquer vontade para assistir. É como estar a olhar para um enorme acidente numa auto-estrada. Se puder, vou evitar assistir, porque não quero ficar com a imagem na cabeça de ver gente toda rebentada e ensanguentada. Nisto é muito semelhante, mas os danos são emocionais e psicológicos. Por muito que seja feita de livre vontade e bem conduzida, este tipo de entrevistas só serve para alimentar uma curiosidade mórbida de estar a assistir ao sofrimento de outrem. Não consigo ver qualquer interesse televisivo nisso.
Estamos num Mundo em que cada vez mais parece que as pessoas só conseguem entender que alguém está a sofrer se a virem mesmo a sofrer. Já falei disso um bocado anteriormente. Existe uma falta de noção de vida e de realidade cada vez maior e com as figuras públicas torna-se ainda pior. Como se elas não fossem pessoas reais que podem passar o mesmo que qualquer outra pessoa em situações semelhantes e são precisas provas de tal. Como se fosse necessário assistir aos sentimentos dos outros para de alguma forma validar os nossos próprios ou, pior, artificialmente despoletar sentimentos. É que faz-me mesmo muita estranheza uma pessoa não ser capaz de se colocar minimamente no lugar da outra sem que esta necessite de se expor completamente. Não entendo mesmo.
Entretanto, ao final da noite, a fazer zapping, ainda apanhei a CMTV a fazer uma emissão a comentar a entrevista ao Tony Carreira. Eles olharam para aquilo e pensaram que a TVI não podia ser a única a ter aproveitamento do destroço emocional de um homem em prol de audiências. Típica CMTV. Aquele momento foi um excelente sinal que era altura de eu ir para a cama dormir.
Corroios, Seixal. PSP recebida a tiro no bairro da Quinta das Lagoas. Alto dispositivo policial montado, qual Tropa de Elite: Corroios, com direito a snipers da Unidade Especial de Polícia e tudo, para apanhar os suspeitos que se encontravam barricados.
Resultado: um detido e os restantes elementos em fuga.
Desde o início da cobertura televisiva da operação policial que já se sabia que teria de ficar resolvida até às 22 horas. É que a CMTV depois já tinha a Liga D'Ouro para dar, portanto não fazia sentido dar-lhe tanta atenção.
Agora, a PSP, uma tarde inteira, a cercar uns gajos barricados para só conseguir deter um? Que miséria... Provavelmente foi o único que estava com fome e decidiu ir jantar à esquadra.
Se os bandidos estivessem mal estacionados ou a beber uma cerveja na rua, se calhar a polícia tinha-os apanhado na boa.
Resta-nos agora que as autoridades competentes passem o comando das operações para alguém mais eficaz, a CMTV. Eles encontram os indivíduos que estão em fuga num instantinho.
Afinal 2020 continua a fazer das suas, isto vai ser mesmo até ao fim. Até estou com medo só de pensar quem irá morrer durante as últimas 10 badaladas do ano.
Muita gente fica indignada com a atenção que se dá quando uma figura pública morre quando todos os dias morre gente desconhecida. Claro que todas as mortes são de lamentar ou pelo menos a grande maioria, isso não implica que quando morrem pessoas mais conhecidas, principalmente acontecendo de uma forma inesperada, não se fique surpreendido pelo facto.
No caso da Sara Carreira, era uma rapariga ainda muito jovem, com a vida toda pela frente, que morre num acidente trágico. Foi alguém que muitos dos Portugueses viram crescer ao acompanhar a vida artística e pessoal do Tony Carreira e mais tarde também dos irmãos, Mickael e David. Nos últimos vinte ou trinta anos, gostando ou não das suas músicas, foi impossível escapar à família Carreira. Assim, o sentimento de surpresa e tristeza pelo acontecimento é quase como aquele filho do vizinho que o vamos vendo crescer, até que sabemos que lhe aconteceu qualquer coisa. Aqui foi como se fosse a filha do vizinho de todos os Portugueses. Há uma espécie de sentimento de partilha colectiva.
É verdade que nestes momentos há sempre um conjunto de pessoas que se aproveitam para uma caça ao like, uma forma de "isto é tão triste, mas olhem para mim". Há também quem faça o mesmo, mas na forma inversa, desprezando totalmente o acontecimento. E por fim, há quem o faça falando dos anteriores. Todos nós temos um pouco dessa hipocrisia, em que aproveitamos para nos alimentarmos da desgraça alheia.
No entanto, entre os vários necrófagos que se alimentam dos dramas alheios, o maior é e continuará a ser a CMTV.
Ontem à noite fiquei a saber do acidente quando estava a fazer zapping pelos canais. Fiquei a ver durante um pouco para perceber o que tinha acontecido.
Mostramos o carro todo rebentado com matrícula e tudo, a vítima é uma jovem de 21 anos, a Bárbara Bandeira e o namorado estão à porta do hospital a chorar e agora chegaram elementos da família Carreira. Sabemos quem é a vítima, mas por respeito à família não vamos divulgar o seu nome.
Por essa descrição sabem eles e sabe toda a gente que está a ver. CMTV a ser CMTV.
Hoje de manhã, passo por lá outra vez e estão passar em rodapé a notícia que a família pede paz e privacidade neste momento de dor, enquanto estão com painéis de comentário consecutivos sobre o assunto. Quase aposto que têm estado nisto ininterruptamente desde que aconteceu o acidente. CMTV a continuar a ser CMTV.
Neste momento deve estar a direcção da CMTV reunida a planear a cobertura do funeral da Sara como se fosse uma operação militar das forças especiais:
Vamos analisar aqui as plantas das igrejas, do cemitério e as rotas possíveis. Temos de meter jornalistas aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Metemos câmaras fixas aqui, aqui e aqui e depois umas móveis aqui e aqui. Precisamos também de ter duas unidades de mota para seguir o carro funerário. E para finalizar, um ou dois drones para cobertura aérea. Entretanto, alguém tem algum contacto nas funerárias, a ver se conseguimos colocar uma câmara oculta dentro do carro funerário ou no caixão?
Se há coisa que sabemos na vida é que podemos contar com a CMTV para bater no fundo e andar por lá a chafurdar no lodo toda contente.
Não queria estar a voltar a este tema, mas ontem a entrevista de Luís Filipe Vieira foi demasiado divertida para deixar passar. Para além disso, hoje são as eleições no Sport Lisboa e Benfica, pelo que depois também já não fará sentido voltar a falar disto.
Eu não apanhei a entrevista desde o início, mas, do que vi, teve bastantes momentos incríveis.
Um dos momentos que mais apreciei foi o da seguinte declaração proferida por Luís Filipe Vieira:
Se eu não fosse presidente do Benfica não havia processo LEX para mim.
Exacto! É mesmo esse o problema do processo LEX, oferecer contrapartidas como presidente do Benfica para a resolução de assuntos pessoais. Obrigado Luís Filipe Vieira, mais uma vez, por vir clarificar.
Outro dos momentos que mais gostei, foi a capacidade exímia do presidente do Benfica em esclarecer assuntos. Esteve ao mais alto nível nesse aspecto.
Sócio do Porto -> Quero falar do Benfica, não vou falar disso.
Cavani -> Já é um assunto encerrado, não vou falar nisso.
Processos judiciais -> Isso pertence à justiça, não vou falar disso.
Luisão no banco -> Isso não tem nada a ver com as eleições do Benfica, não vou falar disso.
A sua capacidade em fintar a pergunta dos processos judiciais então foi divinal. «Toda a gente tem processos». Parecia o Seferovic a controlar a bola no final da Taça de Portugal.
Finalizando, a sua apresentação do projecto do futuro do Benfica. Pelo que entendi, o seu projecto para o Benfica é criar o medo nos benfiquistas na vinda de um novo Vale e Azevedo, dizendo que ou é ele o presidente ou então o Benfica acaba. O seu projecto para o futuro é dizer que fez obra no passado. É todo um conceito inovador.
No entanto, ao ouvi-lo puxar pelos medos irracionais da mudança, uma coisa provocou-me uma ligeira confusão. Se o Benfica está assim tão bem, como é que entrando outra pessoa de repente tudo colapsaria? É estranho. Diria que esse até seria um dos seus grandes méritos, ter criado um Benfica estável financeiramente. Mas aparentemente está tudo preso à sua pessoa e só ele saberá como seguir o rumo vencedor. Normalmente não costuma ser um bom sinal quando as empresas estão tão dependentes de uma única pessoa para o trabalho ser realizado em condições.
Bem, resumindo, foi uma excelente entrevista de Luís Filipe Vieira à CMTV, sempre fortíssimo a esclarecer todos os assuntos que um benfiquista gostaria de ver esclarecidos. Assim, sim. Assim vale a pena.
Notícia bombástica do dia de ontem: Cristiano Ronaldo testa positivo à COVID-19.
A comunicação social entrou logo em polvorosa, liderada obviamente pela CMTV, que decidiu logo colocar uma câmara de filmar apontada para a varanda do quarto do Cristiano Ronaldo. Mais tarde, ao final do dia, decidiram arranjar uma técnica em postura comunicativa para analisar a sua postura enquanto esteve à varanda. Será que Cristiano Ronaldo respirou neste momento com mais dificuldades? O que significa ter-se sentado na cadeira, será que já está com sintomas de cansaço? Estes gajos são outro nível.
A TVI24, para não perder o comboio da parvoíce, meteu Rui Pedro Braz a comentar o assunto. De repente, um comentador de futebol que se devia ficar justamente pelo comentários futebolísticos, passou a estar em condições de afirmar tudo e mais alguma coisa. COVID-19? Especialista em saúde pública e Infecciologia. Quebra nas acções da Juventus? Especialista em Economia. Cristiano Ronaldo jantou? Especialista em culinária. Assim é Rui Pedro Braz, especialista em cenas.
Seguindo então o exemplo da nossa comunicação social, também aqui o vosso Urso Tobias recolheu informações fidedignas sobre o caso e está em condições de as avançar com 100% de certezas:
Desde que entrou dentro do corpo de Cristiano Ronaldo, o novo coronavírus já sofreu uma nova mutação passando a chamar-se SARS-CR-7. O primeiro vírus bio-informático que consegue infectar tanto seres humanos como máquinas.
Segundo o que foi noticiado durante o dia, Cristiano Ronaldo já ia no terceiro teste realizado durante, mas como todos sabemos, com o seu espírito competitivo, ficou a escarafunchar zaragatoas no nariz enquanto todos os outros já tinham saído dos testes e ido para os balneários. Neste momento, as narinas dele estão piores do que o cu da Kathryn Mayorga após uma noite no hotel em Las Vegas.
Eduardo Camavinga que, após o jogo com a França, tinha ficado com a camisola de Cristiano Ronaldo e que referiu que não a ia lavar, pensou um pouco melhor sobre o assunto.
Felizmente, Cristiano Ronaldo não é como todos nós portugueses e já durante o dia de hoje irá deslocar-se de volta para Itália, porque, como todos nós sabemos, o que faz sentido é fazer uma viagem de avião privado para outro país estando infectado.
Resta-me só desejar a recuperação rápida ao nosso CR7 e concluir que esta é desde logo mais uma prova que ele está à frente de Messi. Número de testes positivos à COVID-19:
A SIC e TVI decidiram acabar com os programas com comentadores afectos a clubes.
Excelente notícia para todos os verdadeiros amantes de futebol, que são poucos. Má notícia para todos aqueles que só gostam de meter veneno e contribuir para um clima tóxico no futebol nacional. Péssima notícia para Pedro Guerra que, pertencendo ao segundo grupo, andou a perder peso para deixarem de gozar com ele e agora tiram-lhe o palco na televisão.
Como a CMTV gosta de sangue e de audiências, provavelmente não vai seguir o mesmo caminho. Portanto, imagino que muitos destes paineleiros desempregados possam acabar por ir lá parar.
Deixo aqui a minha sugestão para que a CMTV possa aproveitar. A criação de um canal novo, CMTV 2, em que dá um programa ininterruptamente, 24 horas por dia 7 dias por semana, de comentário sobre futebol, em formato tag team, em que os comentadores dos clubes vão debitando porcaria sem parar e quando estiverem cansados ou aflitos vão-se revezando.
Há racismo em Portugal? Há. Não parece que haja grande questão aqui. Estive a olhar para o mapa-mundo e não consegui identificar um país onde se pudesse dizer que não haja racismo. Portanto, Portugal não é diferente.
Ainda ontem, no caso do assassinato de Bruno Candé Marques que ocorreu em Moscavide, uma mulher estava a ser entrevistada pela CMTV sobre o caso e a dizer que se devia acabar com o racismo, logo após ter acabado de referir que "o senhor também não se metia com ninguém, apesar de ser de cor". Isto é um exemplo claro do típico "eu não sou racista, mas...". Não é como se o racismo só começasse a contar a partir do momento em que se mata alguém.
Dito isto, há dois conceitos que são diferentes e estão a ser confundidos neste caso: crime com motivações raciais e racismo.
Isto pode ser polémico e controverso, mas, da mesma forma que se um muçulmano cometer um crime não é logo terrorismo religioso, um racista cometer um crime não o torna automaticamente num crime com motivações raciais. É "simplesmente" um crime cometido por um racista.
Em Lisboa, aparentemente, parece que nunca ninguém viu, mas velhos a matar alguém pelos motivos mais fúteis possíveis é apenas mais um Sábado normal por esse Portugal afora. Velhos que pegam numa enxada e dão noutra pessoa, porque um ramo da árvore está a passar para cima do seu terreno. Velhos que vão a casa buscar a caçadeira para dar dois tiros a alguém, por qualquer coisa que foi dita enquanto jogavam às cartas. Velhos que matam as mulheres, porque imaginam que elas aos 70 e tal anos os estão a trair. Praticamente todos os meses há notícias destas.
Um velho, começar um conflito com alguém, porque se passou da cabeça com alguma coisa sem sentido, é o dia-a-dia. Infelizmente. Muitos idosos chegam a uma determinada altura das suas vidas e já não querem saber de si e muito menos dos outros.
Neste caso em concreto, pelo que foi noticiado, começou com um conflito por causa da cadela da vítima uns dias antes, que depois escalou de uma maneira absurda e, provavelmente em grande parte, devido ao racismo do agressor (pelo que se soube de frases proferidas). Ora, isto não faz que seja automaticamente um crime com motivações raciais. O homem não ia a passear na rua com uma arma e escolheu uma vítima aleatória exclusivamente por causa da cor da sua pele. Não, ele escolheu aquele indíviduo especificamente, Bruno Candé Marques, com uma motivação absurda qualquer que só ele saberá explicar (ou provavelmente nem ele próprio).
Agora, infelizmente, devido à idade do agressor, a Justiça será sempre injusta neste caso. Um homem na flor da idade partiu, 3 crianças têm a sua vida completamente estilhaçada ao ficarem sem o pai e o agressor deverá ficar apenas uns poucos anos na prisão até falecer ou adoecer gravemente.