António Costa testou hoje positivo ao SARS-CoV-2. O seu corpo tem agora a maioria absoluta de coronavírus.
É incrível que houve uma maioria rosa tão grande em Portugal que até os autotestes e depois um teste de antigénio que fez ficaram dessa cor.
Não estou a ver como o António Costa conseguiu ficar infectado. Com tanto cuidado que houve nas campanhas para manter todas as medidas de segurança e de protecção durante o pico do número de infecções.
Bem, agora a única alternativa vai ser ficar meio país em isolamento por causa do António Costa ter testado positivo à COVID-19.
Isto também explica porque é que ele não pode reunir-se com a Catarina Martins ontem, tal como ela lhe tinha proposto. Tudo a pensar que era por ter maioria absoluta e já não querer saber e afinal era só por estar infectado.
Tendo em conta que agora vai ter de ficar uns quantos dias em isolamento, já não vai poder reunir-se com o Presidente da República. Lá vai o Marcelo Rebelo de Sousa empossar Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro de Portugal.
Ontem decorreram mais umas eleições legislativas e com um dos resultados mais surpreendentes dos últimos tempos. O PS conseguiu sacar uma maioria absoluta quando ninguém esperava. Portugal ficou uma verdadeira toalha rosa com uma nódoa laranja chamada Madeira. Os portugueses gostam muito de queixarem-se do estado das coisas, mas depois acabam por votar nos mesmos e até lhes dar mais poder. É nestas "pequenas" coisas que se nota que a maioria do país é benfiquista.
Votos contados e eleições finalizadas, aqui fica a opinião que interessa (qual Marques Mendes qual quê) sobre os resultados de cada partido que concorreu a estas eleições legislativas:
PPM - 260 votos. Claramente a monarquia está morta em Portugal.
Aliança - Teve menos de 2000 votos. Sem Santana Lopes à frente, o partido morreu. Não há dúvidas que com a taxa de divórcios a aumentar os portugueses não querem nada com alianças.
Nós, Cidadãos! - A táctica de ter um militar a tentar comparar-se o máximo possível com o Gouveia e Melo não deu resultados. O facto desta táctica ter falhado é a prova que não tinham mesmo nada a ver um com o outro.
PTP - O partido cujo tempo de antena era um Powerpoint feito por um miúdo da primária. Este partido valeu a pena por ter feito o senhor do Ergue-te assumir-se como racista em plena RTP no debate dos partidos pequenos. Foi um belo momento televisivo.
Ergue-te - Disse-o há dois anos e volto a dizer. Coitado do Ergue-te. Anda um partido há anos a apregoar racismo, xenofobia e outros extremismos para agora verem todo o seu trabalho de base apropriado pelo CHEGA.
VOLT - Tiveram uma tensão eléctrica realmente muito baixa. VOLTem sempre.
MAS - São a prova que não é necessário um movimento de alternativa socialista quando quase todos os outros partidos já o são. A cabeça de lista por Lisboa, Renata Cambra, foi uma das surpresas no debate dos partidos sem assento parlamentar por ser alguém que conseguia dizer duas frases com sentido no meio daquele gente toda. No entanto, a Renata Cambra tem mais seguidores no Twitter do que o MAS teve de votos no país inteiro. Acho que quer dizer alguma coisa.
MPT - Um partido ecologista que está feito em compostagem.
ADN - Eu não estou a conseguir lidar com a quantidade de chalupas que votou no ADN. Cerca de 10000 pessoas. É que depois ainda todos os outros semi-chalupas disfarçados e que votaram em outros partidos.
PCTP/MRPP - Mais uma vez ainda não foi desta que aconteceu a revolução do proletariado. Nem se mataram os traidores. Bem, fica para a próxima.
JPP - Apesar de já estarmos quase a passar a pandemia, os portugueses ainda acham melhor que isto de estar Juntos Pelo Povo não é a melhor ideia. Há que manter uma certa distância social. Talvez tenha sido por isso o seu fraco resultado.
RIR - Ai Tino, Tino... Ainda não foi desta. O pessoal do Porto diz-se muito diferente e tal, mas depois nem sequer consegue eleger o Tino de Rans. Vão-se lixar! Estou extremamente desapontado.
Livre - O Livre foi o único partido que sempre defendeu o diálogo à esquerda e por isso não foi afectado pelo voto útil à esquerda no PS. Após várias tentativas, Rui Tavares finalmente conseguiu ser eleito. A Joacine até perdeu a gaguez quando viu isso. No entanto, nada tem mais cara de Rui Tavares do que, quando é finalmente eleito, o PS depois acabar por ter maioria absoluta e não precisar dele.
PAN - Esta foi uma noite eleitoral complicada para o PAN. Parecia mesmo que o partido iria optar por uma dieta vegetariana no Parlamento e não ficar lá com carne alguma. A Inês Sousa Real passou a noite toda a reflectir sobre tudo, até se devia voltar a comer carne. Ainda assim, mesmo no fim e com um resultado abaixo de cão, o PAN lá conseguiu eleger a sua porta-voz. Salvou-se da extinção mesmo na última. O lado positivo é que seguiu a sua veia ecologista e diminuiu a sua pegada de carbono no Parlamento.
CDS-PP - Já se sabia desde o início que ia ser uma noite longa para o CDS. Eu até pensei que o Chicão tinha tomado um leitinho quente e ido para a cama sem falar. Já de madrugada ele lá veio fazer o seu discurso e despediu-se com um "Viva o CSD!". Declaração curiosa para quem acabou de matar o partido. O CDS vai passar de partido do táxi para partido do submarino, mas daqueles que já não voltam à superfície. O Chicão, depois dos resultados de ontem, vai deixar de apoiar as touradas. Já viu que isto de fazer pegas de caras não é para ele. Agora lá vai ter de ir arranjar novo trabalho. Talvez se safe como barman, não sei. Parecendo que não, ainda vamos sentir muitas saudades do Chicão e do CDS. Para o próximo líder do CDS fica agora a tarefa de fazer um excelente sexo oral ao próximo líder do PSD para o incluir numa próxima coligação e ver se assim consegue ressuscitar o partido.
CDU - Um dos grandes vendedores da noite. Porquê? Não sei, mas é o que dizem sempre. Isto da Covid-19 foi péssima para o PCP, levou-lhes a maioria dos eleitores mais cedo do que o esperado. Este resultado abre caminho a uma mudança na liderança do partido, mas como João Oliveira não conseguiu ser eleito, a porta ficou escancarada para João Ferreira ser o escolhido. A parte positiva do resultado eleitoral é que esta maioria do PS foi uma das melhores coisas que poderiam acontecer ao PCP. Pode voltar às origens e à luta nas ruas.
BE - Catarina Martins veio logo a público assumir a derrota. No discurso disse "foi uma derrota por causa do resultado que teve a extrema direita e o CHEGA". Isto de ser ultrapassado pela IL fritou o pessoal do BE completamente, já não sabem o que dizem. Nas perguntas com os jornalistas, Catarina Martins estava com uma certa dificuldade em perceber as perguntas e disse "Eu não estou a ouvir nada, peço desculpa". Ora é exactamente esse o problema do Bloco de Esquerda, foi um excelente resumo. Não ouvir nada do que os outros dizem. Provavelmente o Bloco também vai ter de mudar de liderança, mas, mais do que isso, vai precisar de mudar a forma como faz política. Entretanto, durante os próximos anos, o Bloco de Esquerda vai estar como gosta, em minoria.
IL - A Iniciativa Liberal foi um dos grandes vencedores da noite é certo, mas o Cotrim Figueiredo vir dizer que só o PS e a IL ganharam é sinal que a festa já estava a ser grande antes daquele discurso e o homem já devia ter bebido demais. Não deve ter visto a votação daquele partido que ficou com mais 50% dos deputados que ele. É também meio estranha a festa desmesurada quando toda a campanha foi feita a dizer que o socialismo é a grande razão do estado do país e que o liberalismo é a solução. Ora, O SOCIALISMO TEVE MAIORIA ABSOLUTA. Isto é como o teu prédio ter uma fuga de gás e rebentar todo, mas estares todo contente porque ganhaste um carro.
CHEGA - O CHEGA é a prova que vale mais ir para a porta dos cafés sacar frases feitas do que escrever um programa eleitoral. O André Ventura teve um grande resultado e falou como se a partir de amanhã fosse ele a governar Portugal. Se o resultado foi assim tão bom, imaginem os votos que teria se o André Ventura não tivesse assassinado a música do Rui Veloso. Até o Algarve elegeu um deputado do CHEGA. Já devem estar fartos dos estrangeiros que só provocam desacatos. Falo, claro, dos ingleses. Arrisco-me a dizer que, face à governação que se avizinha, numas próximas eleições legislativas, o CHEGA ainda vai crescer mais. Vai acumular ainda mais o voto dos descontentes. Mas não há problema, alguns continuam a achar que os seus votos é só de fascistas, racistas e outros istas. É mais simples assim.
PSD - Rui Rio foi votar na Escola Básica do Bom Sucesso e previa-se uma noite cheia de ironia face ao local de voto. O homem olhou para as sondagens durante a campanha e, claramente, comeu Zé Albino por lebre. Rui Rio, no discurso final, disse que não ia mencionar o nome de todas as pessoas que o ajudaram na campanha. Essas pessoas também preferiram não ser mencionadas. Disse também que o PSD não teve os resultados que queriam, mas conseguiram cumprir o orçamento da campanha. Assim sim. Assim valeu a pena. Grande Rio!
PS - Tudo correu bem a António Costa. Fez uma campanha ziguezagueante que as sondagens pareciam fazer crer que o iam penalizar, mas saiu-se com uma maioria absoluta. António Costa foi brilhante ao dar força ao CHEGA, trazer sempre o CHEGA à baila, para assim conseguir desviar votos do PSD e agregar em si a esquerda. Ainda ontem no seu discurso vitorioso o fez, já viu que essa táctica funciona. Face aos resultados, eu se fosse ao António Costa, ontem à noite, tinha telefonado à Catarina Martins para combinar a tal reunião de hoje que ela sugeriu. Só naquela de fomentar o diálogo e poder gozar na cara. Mas isto sou eu que sou um bocado rancoroso. Agora temos todos de nos preparar, porque se sem maioria absoluta já era o que era, tremo só de pensar o tachismo socialista que aí vem. Vai parecer a noite de passagem de ano com tanto tacho a bater.
Abstenção - O pior destas eleições foi que não havia roulote de farturas e churros junto à entrada do local de voto. Como é que querem baixar a abstenção com estas medidas? Ainda assim tivemos uma taxa de abstenção menor do que das últimas vezes, o que tendo em conta que havia cerca de 1 milhão de confinados até me pareceu bem bom. Uma coisa que as pessoas têm de parar de dizer é que a abstenção é deixar que outros decidam por nós. Sabem o que é também deixar que outros decidam por nós? Votar. É todo esse o conceito de ir votar, escolher alguém que decida por nós.
Brancos/Nulos - Juntos foram a sétima "força política". Houve mais gente a votar em branco ou nulo do que no CDS, PAN ou Livre. Isto sim é que devia dar que pensar.
Pronto, agora só daqui a quatro anos novamente. Desta vez não teremos novas eleições legislativas tão brevemente.
A Urso Tobias Produções tem o prazer de apresentar o novo grupo musical, Trio Odemira-te. Em breve disponível em todas as plataformas digitais o single "Zmar de Noivado".
António Costa falou hoje aos jornalistas, no final do Conselho de Ministros que esteve desde hoje de manhã reunido para aprovar o plano do Governo de desconfinamento do país. Claramente o Conselho de Ministros deve ter decorrido de uma forma semelhante a esta famosa cena dos Guardiões da Galáxia.
O resultado então desses 12% de um plano? Isto:
Foram 15 dias para fazer uma representação de um sistema de coordenadas cartesiano. Fortíssimo.
Já sabíamos que ia ser uma missão difícil, porque qualquer que fossem as medidas apresentadas iam existir pessoas que não iriam concordar. Nós portugueses somos sempre exímios a criticar e este plano de reabertura do António Costa não é excepção.
Diga-se que o facto do plano parecer um velho com incontinência urinária não ajuda. É tudo às mijinhas.
Mas vou ser polémico agora. Tirando o facto de ser uma grande confusão saber o que vai abrir, quando e como, o plano de desconfinamento até faz sentido. Ir abrindo aos poucos e ver no que vai dando. Face ao que se passou neste último ano, é esta a solução mais prudente.
Um dos pontos positivos é as crianças mais pequenas voltarem para as creches. Finalmente os pais vão ter algum sossego e podem tele-trabalhar sem distracções constantes.
Para além disso, barbeiros e cabeleireiros vão reabrir na próxima semana. Iremos ver as pessoas a dirigirem-se em barda para o estabelecimento aberto mais próximo para cortar a guedelha acumulada dos últimos meses.
António Costa anunciou ontem após reunião de Conselho de Ministros que as medidas que serão impostas no país a partir de 4 de Novembro. Dever de recolhimento domiciliário, a proibição da realização de celebrações e de outros eventos com mais de cinco pessoas e a obrigatoriedade do teletrabalho serão algumas dessas medidas aplicadas em 121 concelhos do país.
Os portugueses têm o dever de permanência no domicílio, excepto se precisarem de fazer alguma coisa na rua. Como se o bom senso já não ditasse isso. A grande dúvida agora é como se impõe o dever cívico de recolhimento domiciliário. Vão andar as autoridades a perguntar a cada pessoa o que faz na rua e depois dizer "Olhe, se calhar devia ir para casa, mas se não quiser é consigo"? Teremos interacções com as forças de autoridade deste género?
PSP - Bom dia, cidadão. Sabe que tem o dever cívico de permanência no domicilio?
Cidadão - Bom dia, senhor agente. Sei sim senhor, mas vou almoçar fora.
PSP - Muito bem. E vai almoçar onde?
Cidadão - Ainda não sei bem, mas se tudo correr bem será em Bragança.
PSP - Pode seguir então e tenha uma boa viagem.
Eu sei que as forças de autoridade estão a adorar fazer estas operações STOP em todo o lado nos últimos dias, é uma espécie de sonho molhado estar num sítio parados a chatear as pessoas sem necessidade, mas isto já é levar esse sonho molhado a outro nível.
Tendo em conta que o turismo consiste basicamente em andar a passear de um lado para o outro, se percebi bem esta medida, a ideia é matar o turismo em Portugal definitivamente, certo? O António Costa deceidiu que vai levar o turismo para trás de um barracão e dar-lhe dois tiros.
Isto a não ser que o Governo tenha descoberto um novo tipo de turismo. Um turismo que consista em descobrir o interior de casas. Só acho que seria de bom tom avisar os estrangeiros que vêm para cá, assim que metem os pés no aeroporto, desse novo turismo.
Outra medida bastante interessante é a proibição da realização de feiras e mercados de levante. Fazer compras num espaço fechado? Tudo bem. Fazer compras num espaço ao ar livre? Inadmissível. Claramente faz total sentido... Bem, pelo menos para quem decide as medidas.
Excelente seria que o Governo conseguisse impor o dever de bom senso a todos. Inclusive para si próprio.
António Costa - "Portugueses devem ser obrigados a instalar a aplicação STAYAWAY COVID."
Portugueses - "É estúpido ser obrigatório a instalação de uma aplicação nos telemóveis. Deve ser recomendado, mas nunca obrigatório."
Rui Rio - "Realmente não faz sentido os portugueses terem de instalar a aplicação. O que faz mesmo sentido é gastar-se mais dinheiro a criar uma outra aplicação e essa sim ser obrigatória."
Quando o maior partido da oposição se comporta assim consecutivamente, qual é mesmo a razão para os portugueses pensarem sequer em trocar o PS pelo PSD na liderança do Governo?
Continuamos então ainda com a polémica da aplicação STAYAWAY COVID, não é?
Quando António Costa diz publicamente que a vizinha lhe deu um raspanete por ele não estar a usar a máscara dentro do prédio e que por isso também tornou obrigatória essa medida diz tudo. Esta vizinha tem mais força política que o Presidente da República. Manda umas bocas ao Primeiro-Ministro, ele amocha e os portugueses apanham com as consequências. É preciso ter cuidado com as coisas que esta vizinha diz ao António Costa.
Quanto à STAYWAY COVID, o Governo olhou para os cerca de 1800000 downloads da aplicação e pensou que o problema era claramente das pessoas não estarem a descarregar a aplicação. Com este número de downloads é óbvio que o problema advém daí... Ou então foi também a vizinha que lhe disse que devia ser obrigatório, nunca se sabe.
Quando há pessoas que usam a aplicação e pensam que a STAYAWAY COVID vai apitar quando estiverem junto a um infectado diz muito do que a generalidade das pessoas sabe da aplicação. Malta, isto não é o sistema de pulseira electrónica para proteger vítimas de violência doméstica quando o agressor se aproxima delas. É para alguém infectado poder alertar as pessoas que estiverem em contacto consigo nos últimos 14 dias, após o médico responsável pelo seu caso lhe fornecer um código para inserir na aplicação.
António Costa, sobre a obrigatoriedade desta medida, já veio dizer o seguinte:
Odeio ser autoritário, eu não quero ser autoritário, mas temos de controlar esta pandemia
Sabem o que isto faz mesmo lembrar? O "Eu não sou racista, mas...". Portanto, sabem quem é que costuma dizer coisas como "Eu não queria ser autoritário, mas vocês é que me obrigam"? Exacto, pessoas com tendências autoritárias.
A candidata à Presidência da República, Ana Gomes, também já veio a público dizer-se contra a obrigatoriedade da instalação da app STAYAWAY COVID por, entre outras coisas, ser uma violação da privacidade. Não deixa de ter piada quando defende as acções de Rui Pinto.
Sendo obrigatória em contexto escolar, será que se um aluno não tiver a STAYAWAY COVID instalada na sala de aula leva falta de material? São estas pequenas coisas que me deixam dúvidas.
Se o Governo quer levar estas medidas em frente, acho que devia criar uma polícia específica para fiscalizar a utilização obrigatória das máscaras na rua e da instalação da app STAYAWAY COVID. A polícia chamar-se-ia COPIDE-19. Parece-me um nome adequado.
Só sei é que com a repercussão que isto está a ter, Portugal ainda vai ser o grande responsável pelo ressurgimento da Nokia. Volta Nokia 3310, estás perdoado!
Entretanto no Brasil, a Polícia Federal encontrou 30 mil reais (4,6 mil euros) escondidos entre as nádegas do senador Chico Rodrigues numa operação que investiga desvios de dinheiro público destinado ao combate da pandemia de COVID-19.